O TESTEMUNHO DO ÉLDER ALMEIDA
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Eu com o Livro de Mórmon e O Livro Selado e eu segurando as Placas de Mórmon com as minhas mãos e a importância destas coisas para o mundo
O TESTEMUNHO DO ÉLDER ALMEIDA
Desde que comecei a ler O LIVRO SELADO tem sido muito difícil para mim escrever acerca de tudo quanto aconteceu, embora por várias vezes tivesse esse desejo e sentisse essa necessidade, mas simplesmente tem sido uma tarefa impossível, lembrando-me uma situação semelhante em que as Escrituras descrevem como “não era possível escrever por palavras coisas tão maravilhosas” ou, não havia palavras que pudessem exprimir tudo quanto vivenciei.
Ainda hoje, aceito como natural que não conseguirei expressar a maior parte de todas as coisas que experienciei, e das quais eu gostaria de guardar uma memória mental completa, mas certamente está gravada em minha alma e governa uma nova maneira de viver mais da Plenitude do Evangelho de Cristo, e que simplesmente é impossível conseguir descrever hoje como foi impossível desde então.
Uma das principais razões era a incapacidade de descrever um manancial tão contínuo e imparável, de novos conhecimentos, novos entendimentos, novos sentimentos, novas sensações e emoções, que me envolviam completamente, de forma tão consistente e continuada que simplesmente as lágrimas me corriam em qualquer momento em que ponderasse sobre a grandiosidade de DEUS e da grandiosidade de Sua nova Obra.
O Espírito Santo providenciou um contínuo fluxo de instruções e conhecimentos, com uma velocidade de comunicação que jamais conseguirei fazer para o tempo para poder escrever.
Direi portanto resumidamente o que me for possível e da forma mais fidedigna e verdadeira segundo me é dado compreender.
Recebi um exemplar do LIVRO SELADO em Junho de 2019.
Nessa altura eu era membro da Igreja SUD Brighamita havia 34 anos. É muito relevante este período preparatório que começou com o meu batismo na Restauração em Junho de 1985.
Vários aspectos de minha conversão e da requerida perseverança até ao fim, foram determinantes para o meu desenvolvimento espiritual e descrevo aqui alguns poucos, muito simples, mas decisivos, que qualquer Santos dos Últimos Dias facilmente reconhecerá.
O Primeiro aspecto relaciona-se com as minhas primeiras impressões ao descobrir os sentimentos associados à verdade, quer enquanto lia o Livro de Mórmon, quer quando ouvia os missionários que me ensinavam.
Outro aspeto relevante foi, quando nesse processo, consegui reconhecer em mim o testificar do Espírito Santo em face às verdades que nunca antes tinha recebido. Na sequência da importância do Espírito Santo e do Espírito da Verdade, aceitei para mim, após o meu batismo a promessa relacionada com o recebimento do Dom do Espírito Santo como minha companhia constante.
Como eu não sabia o que significava ter “ a companhia constante do Espírito Santo”, tomei para mim como um dos maiores objectivos, ser capaz de compreender como reconhecer intimamente sua influência e ministração.
Como desde o primeiro dia após o meu batismo e confirmação recebi chamados para servir, eu sabia que somente os poderia desempenhar adequadamente se conseguisse compreender e ensinar pelo Espírito da Verdade e pela inspiração e orientação recebidas do Espírito Santo, pela oração da fé, conforme O SENHOR ensinou.
Talvez para aqueles que vivem no mundo e pouco ou nenhum conhecimento têm de DEUS, como eu no princípio vivia no mundo, possam compreender um pouco a importância e como se manifesta a influência do Espírito Santo e do Espírito da Verdade, pois são todos os bons sentimentos de consolo, paz, gozo e alegria que preenchem aquele vazio triste da alma que ansiamos preencher, mas que permanece até que o SENHOR nos permita ter o conhecimento destas coisas e descubramos em que consiste a alegria dos Santos, ou seja, dos fiéis seguidores de Cristo tal como citado nas Escrituras.
Isto não significa que tive uma vida perfeita ou isenta de muitas dificuldades e desafios tal como em geral é desafiante para os demais, mas me permitiu, ainda que muitas vezes caminhando como que numa estrada com nevoeiro denso, saber com convicção, que somente teria que seguir em frente e tudo o restante DEUS proveria, pois o desafio de agir com fé e com esperança, embora fazendo parte da natureza humana ainda mal compreendida, era potenciado pelos ensinamentos das Escrituras e do Livro de Mórmon e pelo exemplo do Senhor Jesus Cristo.
Muitas vezes tive de tomar decisões que não eram do entendimento comum, mas com determinação perseguia o fazer o que é certo. Algumas vezes tive de tomar decisões que envolviam sacrifício pessoal, escolhendo o que é certo. E este é o maior desafio de nossas provas de vida, decidir fazer e agir de acordo com a sã consciência de que agimos para um bem maior ou algo superior, inspirados pelo alto, fazendo não o que usualmente desejaríamos, mas o que entendemos que é certo. Ou viver pelo Espírito. O Salvador ensinou que aquele nascido do Espírito é como o vento, ninguém sabe de onde sopra nem para onde vai. Assim devemos aceitar e tomar para nós próprios a liberdade de fazer o que é certo.
O Salvador ensinou em Mateus 10: 34 Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada;
35 Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;
36 E serão os inimigos do homem os que são seus familiares.
37 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
38 E quem não toma a sua a cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.
39 Quem achar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á.
Não desejo que pensem que sou perfeito neste padrão, longe de mim tal entendimento, mas me enche de alegria a visão de assim agir no que consigo, esperando com paciência o despertar contínuo para poder vir a estar à altura
Hoje, quando recebo os comentários depreciativos dos Santos acerca desta nova Obra, esforço-me por lhes mostrar que os méritos de tudo o que antes vivemos, foi preparatório para algo maior, e que devemos amar o que é bom, quer antes como agora e também o que virá depois e para sempre, pois tudo o que é bom somente pode vir de DEUS, pois tudo quanto Ele tem feito entre nós, é por puro amor, é preparatório para coisas muito maiores, como as que agora nos são enviadas pelos Céus, a começar pelo LIVRO SELADO.
Portanto, posso dizer que aprendi a amar a verdade, pois traz muita alegria à alma e LUZ ao entendimento aclarando nossa percePção das coisas como realmente são e como realmente não são e aumenta e apura nosso discernimento. Por isso o Salvador disse que a Verdade nos libertará.
Porque a verdade vem de Deus, é entristecedor ver, muitas e muitas vezes, pessoas semelhantes a mim, que não lhe dão valor algum.
Por minha própria experiência, posso dizer que a Verdade é independente de cada um, e ilumina a todos os que lhe dedicam atenção, como uma luz divina para guiar nossos passos nesta dura e gratificante prova de vida.
Por isso, onde me é dado distinguir a Verdade, eu a separo, a preservo e defendo, e a exalto para que se veja, se possa sentir, se possa discernir e se possa viver por ela, e quantos mais assim fizerem melhor será para todos, pois não existe alegria maior do que viver na Luz, considerando que as situações da vida nos possam conduzir por entre névoas de obscuridade ou escuridão ou incerteza, a compreensão da verdade nos permitirá viver por princípios divinos, como uma bússola, que nos protege, nos preserva e conduz, e conduzirá até ao dia perfeito.
Esta compreensão e vivência preparatória ao longo de 34 anos de membro dedicado, entusiasta e de serviço abnegado merece ser realçada, pois minha esperança é que o mais incrédulo possa compreender a existência de um caminho melhor, que compreendam, que desejem, e decidam abstrair-se de suas tradições e costumes e se tornem novas criaturas renascidas para DEUS, como apreciadores e amantes da verdade que se arrependem como todos devemos nos arrepender, para que O SENHOR nos possa salvar e redimir da queda de nossos primeiros pais e da iniquidade do mundo, como santificados pelos méritos de Cristo, O Senhor.
Embora muitos pensem que aceitar o Segundo Convite seja desistir ou abandonar algo muito precioso, como sua anterior participação como povo do convénio pela ministração do Livro de Mórmon, eu gostaria que todos compreendessem que aceitar o Segundo Convite ao arrependimento é uma doce e feliz transição e continuidade que só não é repleta de júbilo e alegria, porque se sofre com a dureza de coração dos que nos rodeiam e em vez de terem adquirido confiança em seguir o Espírito Santo e o Espírito da Verdade, e a Cristo, antes se refugiam na ideia de estarem seguros espiritualmente, somente confiando nos líderes que, opondo-se agora à nova Obra de DEUS, se constituem como uma pedra de tropeço para os Santos menos preparados, ou como foi dito, nem entram, nem deixam entrar, e vendo, se tornam cegos por decisão pessoal e arrastam atrás de si aqueles que a menos que tomem em suas mãos sua liberdade como verdadeiros pesquisadores da verdade agora anunciada como as grandes Boas Novas enviadas do Céu, jamais se conseguirão mover para seguir ao Bom Pastor e O seguindo, começarem sua preparação para rumar para Sião.
Sim, por três décadas e meia servi em quase todos os chamados locais e de Estaca, sempre me esforçando por guardar os mandamentos de Deus, e sim, fui aos Templos muitas vezes, onde servia diligentemente uma semana completa, depois de viajar por dois dias e uma noite dormida no autocarro em viagem. Esse era o mérito de se ser pioneiro enquanto somente havia um Templo na Europa, Zolikofen, Suiça.
Em Junho de 2019, meus conselheiros da Presidência da Escola Dominical de minha Ala, não encontrando tempo disponível para servir uma determinação do bispado para que se ministrasse um Seminário de preparação para o Templo para membros antigos que já não iam ao Templo há alguns anos e para membros recentes que iriam pela primeira vez ao Templo, permitiram-me ser eu o Professor. Como Presidente era minha intenção sempre que aperfeiçoassem seus chamados, deixando-me sempre para o último a ser considerado.
Eu já tinha ministrado e recebido aquela instrução preparatória. Desta vez, senti que deveria proporcionar uma melhor experiência espiritual aos membros, preparando uma apresentação de powerpoint que permitiria consultarmos as escrituras com facilidade e sem quebras de tempo e de atenção ao ter de folhear as Escrituras para as encontrar.
Uma apresentação assim também permitia ordenar os diferentes auxílios visuais que ilustravam os temas a tratar.
Mas algo aconteceu nessa preparação e pesquisa, ao encontrar uma foto de Joseph Smith que nunca tinha visto antes mas que senti ter algo de verdadeiro, o que me levou a decidir integrá-la. Quando tudo estava pronto o Espírito me indicou que deveria pesquisar qual a origem daquela foto de Joseph Smith que eu estava ansioso de poder partilhar com a classe.
Descobri então que essa foto era uma composição digital, baseada na máscara de morte do Profeta Joseph Smith, e compreendi que não deveria apresentá-la aos membros. Mas foi nessa pesquisa que descobri algo com o título “ O Livro selado de Mórmon e o movimento da parcela selada” escrito por João Vendemeatti que eu nunca ouvira falar antes, mas que senti que deveria pesquisar de imediato.
Depois de ler o testemunho verídico ali escrito por João Vendemeatti, segui uma ligação e pedi um exemplar do Livro Selado.
Passados uns dias, recebi O Livro Selado em PDF. Eu sabia que tinha de o ler com muita atenção e que iria precisar de tomar muitas anotações, por isso de imediato decidi que tinha que o imprimir e encadernar.
Decidi também que iria primeiro dar uma leitura seguida de capa a capa, sem me deter, para primeiro obter uma visão geral de toda a obra. Sabia que de seguida deveria lê-lo com calma consultando as escrituras em referência de rodapé em cada versículo. E de seguida, numa terceira leitura, começar a consolidar a minha compreensão mais completa e mais madura do seu conteúdo.
È curioso notar que só agora compreendo que mesmo antes de ter um testemunho eu já sabia que algo de muito importante havia naquele Livro, na verdade, eu teria de chegar ao ponto de ser capaz de demonstrar com fundamento, que o Livro era verdadeiro, ou porque haveria de ser falso.
Sabendo eu que anunciavam que as Placas de Mórmon tinham sido trazidas de novo pelas mãos do Anjo Moroni, jamais eu poderia ficar em paz de espírito e consciência tranquila e justificado diante de DEUS se não conseguisse provar por mim mesmo, porque o Livro seria considerado falso ou verdadeiro, e foi com esta determinação que me devotei a cumprir estes três primeiros planos de leitura e estudos posteriores.
Durante uma semana e meia li o Livro Selado em todo o lugar, sempre que tinha um pouco de tempo e sempre estava em minha mão pronto a ser aberto, nem que fosse por uns poucos minutos livres.
O versículo 5 de Moroni me surpreendeu, pois considerando-me um membro digno, portador de uma recomendação para o Templo, não compreendi porque haveria de ser tido como com um coração revestido pela rocha endurecida pelas tradições e preceitos dos homens.
Faço questão de não reproduzir exatamente as palavras que lá diz esperando que os leitores o vão ler e entendam por si próprios, o grau espiritual tão elevado em que Moroni vivia.
Desde esse momento em diante, minha compreensão de dignidade começou a mudar completamente, e de forma inesperada, comecei a desejar muito arrepender-me de tudo, de tudo quanto porventura não estivesse a esse nível espiritual em qualquer faceta da minha vida.
Um temor e ânsia se apoderou de mim e me levou a continuamente suplicar ao SENHOR que me concedesse o esquecimento de todos os meus pecados, mesmo dos que me considerava arrependido e justificado, mas agora, jamais poderiam fazer parte de minha vida, nem eu desejava mais suas lembranças.
Meus anseios em me libertar de todo o pecado ou de sua lembrança certamente moveu o Senhor a conduzir-me até à memória de quando tinha a idade de 9 para 10 anos e visitar e rever aquele menino inocente e puro cheio de bons sentimentos, que desejava ser um herói e salvar os outros. Aquele era eu, era a minha raíz, aquele menino é a minha matriz, mas senti compaixão por aquele menino inexperiente que eu era, e não desejava mais ser como ele, mas manter em mim os seus sentimentos puros e incorruptos. A inocência é uma doce expressão e referência dos Céus, pois no fim das nossas vidas, ainda devemos permanecer inocentes naquele que pagou um precioso e terrível preço para que sejamos justificados e aceites nos Céus.
Agora me era dada a oportunidade de construir uma vida nova a partir daquele menino, mas com a experiência acumulada de mais 50 anos de vivências, de dores, sofrimentos, alegrias, fracassos e realizações. E quão bom é agora voltar a lembrar toda aquela experiência. Na verdade, o melhor de nós está nos sentimentos que portávamos na infância. Tal como no Reino dos Céus tudo tem potencial expansivo e assim nós também em nossa bênção recebida de nascermos, de termos um corpo que se inicia por um processo solene e sagrado, num templo a que chamamos de útero, um lugar sagrado na natureza de cada mãe, da minha mãe, e crescendo sempre em sentido expansivo se vem a tornar grande até ao estado chamado de adulto, um metro e setenta ou próximo para mais e para menos, numa diversidade complementar que nos enche de alegria, envolvidos por uma dicotomia de o maior cuidar do menor rejeitando o aproveitamento enganoso do inimigo de toda a retidão que se introduz interferindo em todas as coisas da nossa natureza divina e usando tudo o que é bom, para dividir a todos entre falsos bons e falsos maus, maiores e menores, estabelecendo os fundamentos da inimizade contrários à nossa natureza divina.
O LIVRO SELADO também fala disto.
Na verdade, LIVRO SELADO fala de coisas que ainda não sabíamos, coisas desde antes da fundação do mundo, coisas do presente, do passado e do futuro, coisas de segredos divinos e compreensões alargadas de nossa situação diante dos Céus, diante dos Anjos e de Deus.
Na verdade O LIVRO SELADO ainda não foi contado e é suposto que permaneça selado se não formos diligentes em seu estudo e vivência continuados.
Como em todas as escrituras, ainda mais no LIVRO SELADO as palavras são as portas entreabertas que permitem vislumbrar a paisagem lá, para fora de nós, partindo de dentro de nós, onde residem as bênçãos de uma Unção antes recebida nos Céus, tal o Irmão maurício fez saber, tal como Pedro ensinou
"20 Mas vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas.
21 Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade."1 João 2:20-21),
o que despoleta em nós a compreensão e aceitação da verdade quando as palavras abrem mais e mais os portais do Paraíso de Deus, ao decidir participar dos frutos doces da Árvore da Vida para onde caminhamos, vivendo por eles, como Filhos de DEUS.
Ao ler O LIVRO SELADO a ministração do Espírito Santo foi tão extraordinária que eu jamais poderia ficar aqui, esperando que alguém viesse ter comigo e me comissionasse. Eu não conseguiria ficar quieto retido pela grande distância. Nada me poderia deter, eu tinha que ir conhecer estas pessoas.
Comecei a alargar minhas pesquisas a tudo o que estava sendo publicado nas redes sociais e sites.
Encontrei algumas vezes as respostas escritas de defesa do irmão Maurício e ao lê-las, em meu íntimo eu sabia que era Joseph Smith, pois falava do mesmo modo desafiador de Joseph Smith.
O Irmão Maurício, que eu ainda não conhecia, de modo destemido, quer usando da razão quer dum compacto conhecimento das escrituras, em tudo se parecia com Joseph Smith. Nunca antes me tinha deparado com a possibilidade de alguém nascer de novo, mas pouca importância passou a ter esse tipo de pensamento, pois alegremente eu estava convencido que era Joseph Smith. Era natural em mim, mas não fazia a mínima ideia como eu o poderia reconhecer. Eu sou naturalmente uma pessoa tímida e algo insegura, mas sabia com toda a certeza que tinha de conhecer estas pessoas e fazer o que nunca antes tinha alguma vez imaginado, ir ao Brasil.
Após contactos com o Irmão Joni, minha alegria disparou, pois estava falando com uma das 3 testemunhas que tinha sido ministrado também pelo Anjo Moroni. Muitas das perguntas que tinha sobre essa experiência evitei coloca-las, pois sentia sua natureza sagrada e sabia que era um privilégio que O PAI reservou a somente alguns.
Fiz muitas perguntas doutrinárias e pedi referências e suporte escriturístico, e pela bondade e prontidão do Irmão Joni, fui aos poucos completando o puzzle que me permitia ver porque as coisas aconteciam daquele modo, fora das chamadas autoridades gerais das Igrejas da Restauração.
Afinal de contas, o Irmão Maurício era considerado como um simples membro entre os Santos, mas um Sumo-Sacerdote ordenado nos Céus bem conhecido de DEUS. Pelas palavras de Isaías Capítulo 28, O SENHOR disse dele:
16 Portanto, assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu ponho em Sião como alicerce uma pedra, uma pedra já posta à prova, preciosa pedra de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse.
E ainda:
9 A quem, pois, se ensinaria o conhecimento, e a quem se daria a entender o que se ouviu? Ao desmamado do leite, e ao arrancado do peito.
10 Porque é preceito sobre preceito, preceito sobre preceito, linha sobre linha, linha sobre linha, um pouco aqui, um pouco ali.
11 Pelo que por lábios de gago, e por outra língua, falará a este povo.
Na verdade, por razões que o SENHOR preferiu, nasci na Europa, e embora meu coração deseje estar perto, minha condição me mantém afastado por quase 9.000 kms, até que O SENHOR em sua sabedoria nos junte, se for esse o seu propósito, pois sem saber como explicar, a menos que existam adversidades que desconheço, em meu íntimo permanece uma ligação de alegria acerca do Irmão Maurício desde antes mesmo de o ter conhecido, que realço aqui, mas que não sei explicar.
Enquanto lia O LIVRO SELADO formou-se gradualmente em meu íntimo uma impressão de que se eu fosse ao Brasil, então talvez O SENHOR me permitisse ver as placas de Mórmon. Mas não falei a ninguém sobre isso, pois era sagrado e eu deveria saber esperar, e caso não viesse a ser permitido vê-las, aceitar naturalmente.
Na verdade, na minha intenção de ir a conhecer aquelas pessoas, eu partia como uma pessoa humilde sem qualquer noção do que iria acontecer, me preparando para ir e voltar somente confiando no SENHOR, mas porque eu sabia que tinha de ir, e isso queria igualmente dizer que eu não poderia jamais ficar esperando, comecei a preparar todas as coisas.
A minha determinação era impulsionada pelo Espírito Santo. Eu não iria em turismo. Minha estadia seria de somente quatro dias, mas muitos mais de viagem, pois não tinha recursos para um vôo direto, mas era minha responsabilidade encontrar a solução e ir do modo que eu conseguisse. Penso que dormi duas noites em aeroportos, sentado e com a mochila no colo ou presa entre as pernas. E onze horas e trinta de viagem de autocarro na ida e na volta entre São Paulo e Santa Catarina, pela Catarinense. Também seria a minha única oportunidade naquela viagem de sentir o Brasil.
Não consigo expressar bem minha gratidão e alegria ao chegar ao terminal rodoviário de Santa Catarina, 00h30, pois estavam ali me esperando o Irmão Maurício e o Irmão Joni que com um grande sorriso me receberam e abraçaram (ainda não havia covid).
Para minha surpresa me levaram ao Núcleo onde tinham organizado uma recepção calorosa e petiscos para confraternizarmos. Não conhecia ninguém, mas todos estávamos felizes e eu exultante de gratidão e apreço por tão nobres pessoas. Era o mais próximo que eu podia entender de uma Ordem Unida.
Estava combinado que me facultariam a estadia e todos me receberam muito bem.
Todos os Irmãos e Irmãs que me receberam e com quem convivi e privei merecem o meu elevado apreço e gratidão e estendo até eles esses mesmos sentimentos.
Confirmei que em tudo o Irmão Maurício me fazia lembrar Joseph Smith.
O Irmão Maurício surpreendia a todos com alguns comentários lembrando por exemplo que em 1830 ele sempre ganhava o jogo de acertar com as pedrinhas atiradas de longe para dentro da lata e era esse o jogo que nos desafiou a jogarmos com ele no quintal.
Desta vez não ganhou, mas a prestação de todos não era suficientemente desafiadora para despertar no Irmão Maurício a fibra das vitórias de outrora.
Também nos surpreendia servindo a todos. Sua atitude jovial e descontraída também eram uma boa lembrança de outrora. Mas rapidamente se tornava um gigante quando se dispunha a ensinar com as escrituras na mão. Não me esqueço do que me dizia, Irmão Bento não quero que acredite em mim, mas que pesquise por si mesmo nas Escrituras e se eu estiver errado então me diga em que é que estou errado. Ou de outro modo, dizia, Irmão Bento eu não ensino nada, eu partilho o conhecimento que em seu íntimo logo despoletará o conhecimento que porta em si mesmo e assim reconhecerá que é a verdade.
Um dia enquanto estávamos juntos conversando, notei que se começaram a movimentar e decidindo dirigirem-se para um dos aposentos, convidaram-me a segui-los e logo despertei para o facto de que talvez fossem mostrar-me as placas que eu sentia que poderia vir a ver. Quando encima da cama, coberta por uma toalha, a das fotos, vi um volume, perguntei se eram as placas de Mórmon, e logo me confirmaram que sim, e não pude resistir e pontamente de joelhos agradeci de imediato ao SENHOR.
Não consegui entender a dimensão daquela experiência, pois tive a oportunidade de pegar as Placas de Mórmon com minhas próprias mãos e vê-las com os meus próprios olhos.
Folheei-as solene e calmamente, segurei nas minhas mãos as cintas que as prendiam lembrando que Moroni e Mórmon as tinham fabricado e manuseado, assim como Joseph Smith.
Vi os caracteres gravados e o brilho reluzente das novas Placas, diferente do aspecto escurecido das placas que Joseph Smith tinha traduzido.
Vi os cortes, os selos restantes, e apreciei conforme me foi permitido livremente, mas por reverência e respeito, não folheei todas as folhas e não vi aquela Placa que contem o desenho pormenorizado da Nova Jerusalém e da Vinda do SENHOR.
Só mais tarde compreendi que o SENHOR me constituia como uma testemunha adicional para o mundo de que as placas de Mórmon são verdadeiras, assim como posso testificar igualmente que o Irmão Maurício é verdadeiramente o novo Profeta, Revelador, Tradutor e Vidente chamado pelo SENHOR e ministrado por Anjos e pelo Anjo Moroni de quem recebeu com suas próprias mãos, as Placas de Mórmon e que todos os eventos anunciados como as Boas novas do Segundo Convite estão de acordo com as profecias contidas nas Escrituras Sagradas.
Também posso testificar livremente que O LIVRO SELADO é verdadeiramente uma tradução pelo poder e dom de Deus de uma parte das Placas de Mórmon agora retirados os selos diante das oito testemunhas vindas das igrejas da Restauração da América do norte.
A minha alegria é que cada homem e mulher, jovem ou criança com capacidade de compreender estas coisas, venham a agarrar o braço estendido do SENHOR, estudando, recebendo e vivendo de toda a nova palavra de DEUS, e com isso, nos possamos reunir todos, unidos em laços de amor e retidão, numa perfeita Ordem Unida à semelhança de uma sociedade Celestial, para a qual O SENHOR nos está preparando a viver sob a liderança de seu servo escolhido, que para nós foi agora levantado como um Moisés.
Haveria muito mais a dizer, mas convém fechar este testemunho já longo, e que todos possamos mais uma vez vir a Cristo, o verdadeiro autor e líder de nossa salvação e redenção.
Na verdade, ao ser conduzido pelo Espírito Santo, pude trazer para o meu país e para mais perto dos países da Europa, as Chaves perdidas do Sacerdócio Maior e com a devida autoridade divina continuar a anunciação das Boas Novas, primeiro aos Santos dos Últimos Dias, como O SENHOR nos ordena, e também a todos os povos a quem eu possa alcançar, e minha alegria está em contribuir para levantar entre os homens o conhecimento da Glória de nosso Salvador e de seu PAI e nosso PAI, e que todos os homens se venham a arrepender, e a fazer convénios com DEUS e a participarem da salvação e vivam em Cristo, O SENHOR que nos conduzirá ao PAI ETERNO.
Moroni diz no LIVRO SELADO:
19 É neste tempo que se cumpre aquilo que o Senhor revelou a mim, Morôni, quando disse: “Eis que quando rasgardes esse véu de incredulidade, que vos leva a permanecer em vosso terrível estado de iniquidade e dureza de coração e cegueira de mente, então as grandes e maravilhosas coisas que vos foram ocultas, antes da fundação do mundo, ser-vos-ão reveladas
- sim, quando as revelações que fiz com que fossem escritas por meu servo, João, forem manifestas aos olhos de meu povo antes de minha vinda, então sabereis que a grande e maravilhosa obra do Pai, verdadeiramente, começou sobre toda a face da Terra, para que todos os homens possam, pela última vez, se arrependerem, sim, até os confins da Terra se assim desejarem, venham a mim, Jesus Cristo, e creiam no meu evangelho, antes que Eu venha ao meu Templo e delineie os limites do meu reino, onde haverão de habitar aqueles que me são leais e ninguém mais terá permissão de ultrapassar suas fronteiras.”
Que todos possamos desfrutar da grande misericórdia e amor de nosso DEUS.
Que leiamos, recebamos e vivamos os ensinamentos do LIVRO SELADO e nos preparemos para as grandes coisas que o SENHOR reservou e possamos ser participantes da grande e maravilhosa obra do PAI.
Vosso servo em Cristo,
Bento DAlmeida
07-08-2021