Tradução do Livro de Mórmon original publicado em 1830

Este trabalho de Tradução está a ser efectuado por
Bento DAlmeida
O SEGUNDO LIVRO DE NÉFI
O SEGUNDO LIVRO DE NÉFI
CAPÍTULO 8
Jacó continua lendo de Isaías: nos últimos dias, o Senhor confortará a Sião e reunirá Israel -Os remidos virão a Sião em meio a grande alegria -Comparar com Isías 51 e 51:1-2. Cerca de 559-545 aC
1 – Dai ouvidos diante de mim, vós que seguis após a retidão. Olhai para a rocha de onde vós fostes talhados. E para o buraco do poço de onde vós fostes escavados e desenterrados.
2 – Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, ela que vos desnudou; pois Eu chamei a ele somente, e o abençoei.
3 – Pois o Senhor confortará Sião, Ele confortará todos os seus lugares desolados; e Ele fará sua região selvagem como Éden, e seu deserto como o jardim do Senhor. Alegria, prazer e felicidade ali deverão ser encontradas, ações de graça e a voz de melodia.
4 – Escutai diante de mim, meu povo; e dai ouvidos perante mim, Ó minha nação, pois uma lei deverá proceder de mim, e Eu farei meu julgamento permanecer para uma luz para meu povo.
5 - Minha justiça está próxima; Minha salvação está indo adiante, e Meu braço deverá julgar o povo. As ilhas deverão esperar em Mim, e em Meu braço deverão elas confiar.
6 – Levantai vossos olhos aos céus, e olhai sobre a terra em baixo; pois os céus deverão desaparecer para longe como um fumo, e a terra deverá envelhecer como um vestido; e aqueles que moram nela deverão morrer da mesma maneira. Mas minha salvação deverá ser para sempre, e minha justiça não deverá ser abolida.
7 – Dai ouvidos diante de Mim, vós que conheceis a retidão, o povo em cujo coração Eu tenho escrito minha lei, não temais a reprovação dos homens, nem sejais vós temerosos de seu linguajar abusivo.
8 – Pois a traça deverá comê-los completamente como a um vestido, e o verme deverá comê-los como à lã. Mas minha justiça deverá ser para sempre, e minha salvação de geração em geração.
9 – Desperta, desperta! Põe-te em força, Ó braço do Senhor; desperta como nos tempos antigos. Não és tu Ele que tem cortado Rahab, e ferido o dragão?
10 – Não és tu Ele que tem secado o mar, as águas do grande abismo; que tem feito das profundezas do mar um caminho para os remidos passarem sobre?
11 – Portanto, os redimidos do senhor deverão retornar, e virem com cânticos diante de Sião; e eterna alegria e santidade deverão ser sobre suas cabeças; e eles deverão obter contentamento e alegria; tristeza, lamento e luto deverão fugir para longe.
12 – Eu sou Ele; sim, Eu sou Ele que te conforta. Eis que, quem és tu, par que tu devas estar com medo do homem, o qual morrerá, e do filho do homem, que deverá ser feito como a relva?
13 – E esqueceste o Senhor teu criador, que tem estendido adiante os céus, e estabelecido as fundações da terra, e tens temido continuamente todos os dias, por causa da fúria do opressor, como se ele estivesse pronto para destruir? E onde está a fúria do opressor?
14 – O cativo exilado se apressa, para que ele possa ser solto, e para que ele não deva morrer no poço, nem que seu pão deva falhar.
15 – Mas Eu sou o Senhor teu Deus, cujas ondas rugiram; o Senhor das Hostes é meu nome.
16 – E Eu tenho colocado minhas palavras em tua boca, e te tenho coberto na sombra da minha mão, para que Eu possa plantar os céus e estabelecer as fundações da Terra, e dizer a Sião: Eis que, tu és meu povo.
17 – Desperta, desperta, levanta-te, Ó Jerusalém, que tens bebido à mão do Senhor a taça de Sua fúria – Tu tens bebido as borras da taça trémula e espremida fora –
18 – E ninguém para a guiar entre todos os filhos que ela tem trazido à luz; nem aquele que a tomasse pela mão, de todos os filhos que ela tem trazido acima.
19 – Estes dois filhos estão vindo diante de ti, os quais deverão estar tristes por ti – Tua desolação e destruição, e a fome e a espada – e por quem deverei Eu confortar-te?
20 – Teus filhos têm desmaiado, salvo estes dois; eles permanecem à cabeça de todas as ruas; como um touro selvagem numa rede, eles estão cheios da fúria do Senhor, a repreensão do Senhor.
21 – Portanto ouve agora isto, tu aflita e embriagada, e não com vinho:
22 – Assim diz o Senhor, o Senhor e teu Deus pleiteia a causa de seu povo; eis que, Eu tenho tomado para fora da tua mão o cálice do tremor, as borras do cálice da minha fúria; tu não mais deves beber isto outra vez.
23 – Mas Eu colocarei isto nas mãos daqueles que te afligem; que têm dito à tua alma: Curva-te para que nós possamos passar por cima de ti – e tu tens deitado teu corpo como o chão e como a rua para eles para que passassem sobre ti.
24 – Desperta, desperta, põe-te em tua força, Ó Sião, coloca sobe ti teus lindos vestidos, Ó Jerusalém, a cidade santa; pois de agora em diante ali não mais vem dentro de ti o incircunciso e o impuro.
25 – Sacode a ti mesma do pó; levanta, senta-te, Ó Jerusalém; liberta-te a ti própria das amarras de teu pescoço, Ó cativa filha de Sião.